Fichamento Artigo-O Que Tem De Especial Na Educação Especial

Fichamento do Artigo: O que tem de Especial na Educação Especial?

Disponível em: https://periodicos.furg.br/momento/article/view/9357/7600 acesso setembro de 2023

Autora: Márcia Denise Pletsch

Fichamento

  • Fazer Pedagogia ou Licenciatura em Educação Especial? O que mudou de 1998 até 2023?
  • A deficiência deixou de ser um assunto privado/familiar(déficit individual) para ser uma questão de direito social(vida pública);
  • A deficiência é compreendida como uma desigualdade compartilhada por pessoas por diversos tipos de impedimentos que a fazem ser discriminadas pela cultura da "normalidade".
  • Há profissionais que ainda entendem a Educação Especial (EE) como um serviço segregado e há aqueles que consideram essa visão superada.
  • Essa crise de identidade da EE devido à estas duas visões precisa ser compreendida à luz da história do conceito no Brasil e de suas influências internacionais e legais.
  • As condições sociais de existência humana podem ser mais determinantes na vida de uma pessoal do que condições biológicas de cada deficiência. Essa percepção foi sendo aprendida pela autora ao longo dos anos.
  • A partir das pesquisas acadêmicas da autora foi ficando claro como o fenômeno da deficiência é muito mais complexo e multifacetado na forma como aparece nos discursos e práticas dos profissionais da Educação.
  • A Educação Especial foi institucionalizada no Brasil em 1976 em acordo de cooperação Brasil-EUA formando os primeiros Doutores na Área que influenciaram a criação de cursos de pós-graduação na área e a formação dos primeiros estudiosos que seguiam uma linha alinhada com o contexto escolar estadunidense.
  • A autora relata que na sua graduação (licenciatura em Educação Especial) a abordagem do curso era numa perspectiva médica da deficiência.
  • Inicialmente a EE se constituiu como um sistema paralelo ao Ensino Regular.
  • Ainda hoje, nos discursos e práticas escolares (e de formação para EE) ainda se acredita que o professor não consegue trabalhar com a diversidade na sala de aula regular e a deficiência (principalmente as mais severas) deve ser trabalhada em espaços segregados.
  • Há ainda a "inclusão no papel" onde alunos com deficiência frequentam apenas as aulas de AEE.
  • A autora faz um apanhado histórico das legislações que institucionalizam a EE no Brasil, desde 1994 até 2001.
  • Aponta uma mudança institucional significativa em 2008 com a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva daa Educação Inclusiva com a regulamentação do AEE para suplementar e complementar a educação dos estudantes público alvo da EE.
  • A autora parece discordar da atual política de fomento e formação em AEE. Indica que o CEE não tem acompanhado os avanços tanto na pesquisa na área como a experiência internacional em EE.
  • A autora acredita numa educação inclusiva baseada em 3 elementos: 1) no desenvolvimento dos sujeitos; 2) na pluralidade cognitiva; e 3) na convivência com a diversidade cultural, numa escola/universidade com todos e para todos.
  • A EE é uma modalidade de educação ou um campo de conhecimento?
  • Que conhecimentos sustentam a EE?
  • A EE, para a autora, é um campo de investigação multidisciplinar (medicina, filosofia, sociologia, pedagogia, etc.
  • Para a autora a EE se dá de duas formas distintas e complementares. Modalidade de ensino transversal em todos os níveis de educação usando AEE, recursos e orienta processos de ensino-aprendizagem e, também, área de produção de conhecimento interdisciplinares sobre processos de aprendizagem significativa de pessoas com deficiência.
  • Educação Inclusiva não é uma área de pesquisa, mas um campo de política pública.
  • A autora advoga que não há nada de especial na Educação Especial. A escola deve ser um espaço da pluralidade e da equidade em que todos possam aprender e se desenvolver independente de suas especificidades.

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Pagina modificada em set. 20/09/2023 00:43