Quando o Ensino a Distância (EAD) será levado a sério?
Publicado em qua 11 fevereiro 2009 na categoria Educação, Física, Tecnologia, Mestrado, Web 2.0
Muita gente que eu conheço, de Educação, não acredita muito em EAD. Por incrível que possa parecer, isto as vezes é verdade até mesmo pra quem vivencia o Ensino da Distância!
Pessoal de fora da Educação, não consigo avaliar, mas tenho a impressão (leia-se, é uma especulação!) que a escolha pelo EAD é mais em função das facilidades operacionais de se estudar a distância do que por uma reflexão crítica.
Eu não sou especialista em EAD! Fiz na minha vida cinco (05) cursos a distância. Na verdade um deles eu desisti depois de um mês, na plataforma e-proinfo. Em parte pela tutoria, em parte por que estava meio atarefado (pra ser bem simplista).
Os outros 3 eu segui até o fim (com uma avaliação positiva dos mesmos) e o quarto ainda está em andamento.
Nos que segui até o fim e com proveito eu estava motivado e o curso foi bem desenvolvido, na minha opinião.
Obviamente já perdi a conta de cursos presenciais que eu fiz! Muitos só valeram pelo canudo! Outros foram enriquecedores.
Então qual é o ponto? Naturalmente que o que faz um curso ser bom ou ruim são vários fatores. Ser presencial ou a distância *não é* um destes fatores (no caso geral), na minha opinião!
Evidentemente que um curso de alpinismo presencial é melhor que um a distância, um de beijo presencial com a Juliana Paes deve ser melhor que a distância com a Carol Castro e por aí vai...
Qual é, então, o principal motivo para eu não levar um curso a distância a sério?
Quando os organizadores do curso não acreditam no ensino a distância!
Por incrível que pareça isto é mais comum do que se imagina! Vejam esta seleção para tutores de ensino a distância na Universidade Federal de Santa Maria (dica da Vanessa):
Entre os requisitos, é exigido que o candidato reside em Santa Maria (RS) ou entorno."
Ou seja, os tutores do ensino a distância não podem ficar distantes do curso (sic)! (parece piada pronta!)
Mas eu posso estar sendo precipitado (ou chato, ou cri-cri, ou qualquer outro adjetivo que sempre ganhamos por termos o hábito de pensar!).
Vamos olhar no edital, que pode ser lido aqui, quais as atribuições dos tutores de ensino a distância:
Todas estas atividades podem ser feitas a distância usando ferramentas simples de interação e comunicação! Na pior das hipóteses, uns 90% das tarefas podem ser feitas a distância, até mesmo acompanhar a realização de experimentos no laboratório de física!
Então eu me pergunto?
Se a coordenação do curso não acredita que pode ter um tutor selecionado e trabalhando a distância, como ela pode desejar que seus alunos acreditem neste curso a distância?
Melhor mudar a denominação para curso Semi-Presencial e passarem a oferecer cursos a distância somente quando entenderem o significado do conceito de distância (mesmo considerando a relatividade dos referenciais!)
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