Contexto
No ano passado (2012) no
primeiro Curso Aberto Massivo e Online (
CAMO/MOOCs) em língua portuguesa houve uma excelente discussão sobre
Interatividade e EAD. Na ocasião eu apresentei minha
desconfiança com o fato de que muita gente, interagindo em várias interfaces,
poderiam impactar negativamente nas aprendizagens (vide vídeo abaixo a partir do minuto 1:00):
A profecia parece ter se realizado
No
blogue do Eri, ele comenta sobre uma
eventual crise dos CAMO/MOOCs:
"
Já havia feito um comentário em tom de crítica aos MOOCs no post “A reprodutibilidade técnica da educação on-line”, até ousado por ter sido no auge de sua glorificação.
Recentemente, uma tomada de decisão da Universidade do Estado de San José provoca um abalo sísmico no planeta MOOC e valida minhas provocações.
“Recente anúncio da SJSU (Universidade do Estado de San José), no Vale do Silício, coloca lenha na discussão. A universidade e a Udacity, uma das primeiras plataformas a oferecer Moocs de instituições top no mundo, resolveram dar uma pausa em um programa piloto lançado com pompas e circuntâncias pelo governador da Califórnia, por Sebastian Thrun, CEO da Udacity, e pelo presidente da SJSU, Mohammad Qayoumi, em janeiro deste ano. O motivo? Apesar do percentual de finalização do curso ter sido de 83%, número estratosférico se comparado à média dos Moocs normais, as taxas de aprovação foram muito menores do que os cursos envolvidos no projeto tinham quando eram oferecidos no formato tradicional.”
Para mim, é impensável falar de qualidade de ensino e aprendizagem em turmas com 30, 40, 80 mil alunos. As limitações não são apenas técnicas, dizem respeito também às dimensões social e pedagógica do ambiente de aprendizagem dos MOOCs."
Aparentemente o pessoal do Udacity reparou que o
hype em torno dos MOOCs não tem igual correspondência
em aprendizagens! (Como diria um personagem antigo de desenho animado:
mas eu te disse, mas eu te disse...)
Veja a
matéria no Porvir sobre a "ressaca cética" após o deslumbramento com os CAMO/MOOCs.
Mas a crise (?) do modelo é positiva! Pois certamente emergirá um modelo mais compromissado com as aprendizagens e menos com o
hype.