[Aviso anti-patrulha]
Este texto não é EAD! Nenhum estudante em idade escolar foi (ou será) maltratado, colocado em situação de injustiça social, entrará em sofrimento psíquico ( coloque aqui seus motivos para não se publicar conteúdos propedêuticos durante a quarentena) porque leu ou porque não teve condições materiais para acessar este texto. Ele foi publicado na melhor esperança de ser útil para aqueles que, facultativamente, possam tirar algum proveito do mesmo!
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Apresento aqui um pouco da ciência envolvida sobre o diagnóstico da febre. Será um texto curto, com referências para aqueles que desejam explorar, com mais detalhes, os tópicos descritos.
As autoridades sanitárias e de saúde, nas suas estratégias de combate à pandemia do coronavírus, orientam a população a ficar em casa para que o isolamento social reduza a taxa de contaminação e, nos casos de suspeita de contaminação, a pessoa contaminada, dependendo de seu estado de saúde, pode ser encaminhada para tratamento médico.
Entre os vários sinais de possível contaminação está a febre:
Fonte: Protocolo de manejo clínico da COVID-19 - Ministério da Saúde (Brasil 2020)
Como todos já devem saber nós, os seres humanos, somos mamíferos e portanto homotérmicos, isto é, nossa temperatura corporal, independente da temperatura do ambiente, permanece aproximadamente constante numa faixa, considerada ideal, que varia entre 36º C e 36,7º C.
Valores acima desta faixa, são consideradas febris:
Fonte: Sítio web do Dr. Drauzio Varella
Em princípio qualquer termômetro calibrado para medir temperaturas na faixa de temperatura dos seres humanos serve! Entretanto existem os termômetros construídos e calibrados para a medição de temperatura de pessoas, os chamados termômetros clínicos.
No Brasil, os termômetros clínicos devem ter faixa de operação de 35ºC à 42ºC. Com resolução (subdivisões na escala) de décimos de grau Celsius para que se possa fazer leituras fracionadas com mais precisão!
Independente do tipo de termômetro clínico (analógico, digital ou por infravermelho) o mesmo deve entrar em equilíbrio térmico com a pessoa para que a medição de temperatura seja correta! Qualquer que seja o modelo de termômetro clínico utilizado, todos eles obedecem ao mesmo princípio: Uma grandeza física (volume, tensão, frequência, etc) varia com a temperatura de um modo conhecido. Assim uma relação de correspondência (função matemática) ocorre entre os valores da grandeza termométrica e o valor da temperatura!
Os detalhes de construção e funcionamento de cada termômetro podem ser objetos de pesquisa pelos mais interessados. O importante é que, a mesma ciência básica, fundamenta os mais variados termômetros clínicos. Desde os termômetros analógicos (que estamos mais acostumados) até os modernos termômetros de infravermelho.
Neste termômetro a grandeza termométrica é o volume (de mercúrio ou álcool). Há um mecanismo para que o líquido dilatado não retorne ao volume original durante a leitura da temperatura. Para se voltar ao volume original (e se fazer uma nova medição) o termômetro precisa ser sacudido!
Como todos os corpos estão trocando calor com o ambiente e, umas das formas de se trocar calor é por irradiação. Pode-se medir a frequência da radiação infrevermelha irradiada por um corpo. Neste caso, a grandeza termométrica é a frequência da radiação eletromagnética emitida. Sabe-se que essa emissão de radiação infravermelha pode ser relacionada (de modo bem conhecido) com a temperatura!
Neste termômetro, a temperatura é correlacionada com alguma grandeza elétrica (que vai depender da construção do termômetro). Este termômetro pode, dependendo do modelo, inclusive armazenar as últimas medições feitas.
- Sempre leia o manual de funcionamento do seu termômetro clínico.
- Há vários motivos para estados febris. Somente profissionais de saúde podem diagnosticar, com base em protocolos médicos, as causas dos estados febris!
- Alfabetização científica qualifica a vida cidadã!
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LIMA, Sérgio Ferreira de. **Pílulas de Ciência sobre a Febre**. 2020. Blog e Física. Disponível em: https://sfl.pro.br/blogs/index.php/blogefisica/2020/04/13/pilulas-de-ciencias-sobre-a-febre. Acesso em: xx mês xxxx