O Sérgio Vieira do Impressões Digitais já tinha chamado a atenção para a "overdose" midiática que nos sufoca de informações... agora o Jean Boechat volta ao tema postando um artigo no seu blog que saí­ra no Estadão...

Um pequeno trecho...

"(...)Atribuo esse fenômeno a muitas coisas: Wikipedia, portais para todos os gostos possí­veis e imagináveis, blogs com as mais esdrúxulas, detalhistas e inúteis reflexões e descrições. Mas seja qual for a fonte, suspeito que a causa fundamental é a superparticularização da informação..."

O texto é da Meghan Daum Jornalista do Los Angeles Times'

O que nos leva a seguinte reflexío: "A educação para o século XXI nío pode estar mais centrada na transmissão de informações mas, sobretrudo, no desenvolvimento de competências, como gerenciar informações para trasformá-las em conhecimento útil."

Ainda que conhecimento útil seja muito subjetivo, podemos resgatar uma educação humanista em que, o que é bom para o coletivo, sem negar o individual, é um bom caminho para o conhecimento útil.

Evidentemente que esta mudança de paradigma pedagógico tem sérias implicações na prática e na organização da escola como espaço privilegiado (mas nío exclusivo) para o desenvolvimento destas competências.

E como se desenvolve a competência de gerenciar informações?

Se existe algo que todo profissional de educação deveria estar investigando é como desenvolver a competência de gerenciar informaçes? Embora eu nío tenha respostas defintivas ou respostas eternas penso que duas obviedade saltam aos olhos:

• Gerenciando Informações!
• Desenvolvendo/criando estofo cultural nos aprendizes

Para o segundo item, penso que currí­culos escolares adequados (ainda que isso seja motivo de enorme investigação e debates acadêmicos) possam proporcionar uma densidade cultural necessária para que um cidadão da era da informação possa fazer escolhas e discernir, na enxurrada de informações que pululam em nossas mentes, o que é útil e adequado para uma dada ocasião/situação/problema.

Para o primeiro item, penso que o uso intensivo e adequado das TICs (Tecnologias de Informação e Comunicação) sejam um bom caminho nesta direção. E neste sentido, acredito que o uso dos notebooks do MIT possa se tornar um divisor de águas entre uma educação obsoleta, baseada na transmissío de informações, e a educação da era da informação, baseada na colaboração, reflexío, produção e mixagem coletiva de informações para transformá-la em conhecimento.

Não é tarefa fácil, nem tarefa para um professor ou uma disciplina ou mesmo uma escola. É tarefa para um amplo coletivo de educadores e educandos, quem sabe, tarefa para uma geração!

Do Ubuntu Dapper Drake Flight 6