Introdução
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Disrupção x Ação[/caption]
Eu tenho a impressão (leia-se, não tenho estofo intelectual para aprofundar este ponto) que esta é quase sempre a questão de fundo sobre tudo. Podemos fazer "
mais do mesmo" na vida pessoal ou podemos produzir
rupturas. Podemos fazer "
mais do mesmo" na Educação ou
produzir disrupção... aparentemente, na maior parte das vezes, o que se tem feito é o simples "mais do mesmo" segundo
Michael Fischer como nos conta a
Profa Ana Beatriz Gomes...
Educação, Tecnologia e "Mais do Mesmo"
Como este é um blogue interessado nas reflexões sobre
Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) e Educação é neste contexto que vou
explicitar abaixo, correndo o risco de ser repetitivo, onde vejo as TIC sendo usadas como "
verniz de modernidade" e assim propagandeadas pelo pessoal de marketing, assessorias e etc, mas que na verdade não passam de um simples "
mais do mesmo".
- Aulas expositivas em vídeo - Trocar a mídia (quadro branco, livros e exposição oral) pelo vídeo e continuar acreditando que todo mundo na Escola tem que aprender (ou assistir) as mesmas coisas é um caso explícito de "mais do mesmo".
- Aulas expositivas com apresentações (PowerPoints para os tecnológicamente aprisionados em padrões proprietários!) - Idem acima. Muitas Escolas (e Professores) se acham a última cocada da modernidade por terem aulas expositivas com apresentações (sic).
- Uso de tecnologias Proprietárias em Educação - Quando Escolas e Professores se tornam apenas apertadores de botões, incapazes de remixarem um aplicativo (software) ou hackearem uma tecnologia (hardware) num mundo que muda muito rápido, estão fazendo apenas mais do mesmo com a tecnologia. Uma educação realmente liberdadora e disruptiva implica necessariamente por termos acesso aos código fontes e que possamos reprogramar os nossos softwares e hardwares!
Mídias Sociais como ferramentas de Broadcasting - Blogues, microblogues (twitter), redes sociais corporativas (Facebook, G+ etc) sendo utilizadas apenas como veículo de espalhamento de conteúdos e não como espaços de conversações sobre estes conteúdos... reforçam a ênfase no ensino em detrimento das aprendizagens.
Rupturas e Contra-hegemonias Possíveis
Talvez, seja verdade o veredito da
Profa Ana Beatriz Gomes: "
Então, como vocês podem ver, não existe ruptura radical nenhuma, muito menos provocada pelas tecnologias digitais. Estamos apenas fazendo mais do mesmo e nos reinventando o tempo todo!"
Mas talvez possamos, mesmo inseridos dentro da superestrutura de nossas Escolas reais, construir
nossas pequenas contra-hegemonias possíveis:
Eu sei, eu sei... o caminho da ruptura e disrupção é sempre o mais difícil... Ou como
já disseram: "
Cedo ou tarde, você vai aprender, assim como eu aprendi, que existe uma diferença entre CONHECER o caminho e TRILHAR o caminho."