Introdução
A pergunta acima foi formulada pelo Robson Freire, do Caldeirão de Ideias e do In Infinitum, nas listas Edublogosfera e Blogs_educativos. Ele propõe uma blogagem coletiva sobre o tema, então aí vamos nós!
Como funciona hoje, a Escola
Salvo as exceções que justificam as regras, as Escolas (públicas e privadas) funcionam nos seguintes termos:
- Orientadas para o Ensino;
- Centradas em Currículos (Extensos e de utilidade duvidosa!);
- Alunos separados por idade;
- Conhecimento compartimentalizado;
- Profissionais de Educação horistas (quer seja na remuneração ou na organização do trabalho;
- Quem forma (?) o Professor, em geral, não conhece/vive o contexto em que Ele vai trabalhar;
- Etc.
Não precisa ser muito analítico para perceber que isto não se adequa muito à formação de pessoas que viverão, cada vez mais, numa sociedade conectada, com computação ubíqua e com abundância de informações!
Em resumo, com já disse aqui, aqui e aqui, a Escola hoje é obsoleta e inadequada para a formação dos nossos jovens (EMHO)! Por mais radical que isto possa parecer é um fato!
A questão mais difícil que temos é, uma vez que este diagnóstico se torne explicitamente consensual, quais os desdobramento que podemos tomar!
Caminhos a Seguir
Há dois grandes caminhos a tomar, ambos com vantagens e desvantagens (como quase tudo na vida!):
- Ruptura e Reinvenção da Escola - Política da Terra Arrasada. Repensar completamente a escola em outros termos. É o caminho, conceitualmente mais simples e ao mesmo tempo de implementação prática mais difícil! Requer dirigentes com aquilo roxo, vontade política e esforços sincronizados de professores, dirigentes e políticos, e o que é pior, é uma solução de médio e longo prazo. Pra uma ou duas gerações!
- Reforma e Contra-Hegemonias Locais das Práticas Escolares - Quase sempre este é o caminho possível para quem não tem poder de decisão de políticas educacionais (eu e você que estamos no dia-a-dia da Escola). É complicado porque vivemos dentro de superestruturas rígidas e todo e qualquer movimento contra-hegemônico é doloroso e trabalhoso. Com muitos refluxos!
Obviamente que qualquer que seja a escolha, há muito tutano a ser queimado, muitas experimentações a serem feitas, muita discussão a ser implementada.
Mas quer saber, eu prefiro que a gente meta logo a mão na massa e discuta no processo. Sem "medinho" que algo possa dar errado (já está errado mesmo!).
Porque se olharmos o tanto de papers acadêmicos discutindo as melhorias da educação, o tanto de discursos de políticos apontando a Educação como a solução de vários problemas, já temos discussão demais e práticas "demenos", não?
E você, o que pensa de tudo isto?
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A Elis Zampieri, fez uma ótima compilação das principais ideias que estão pululando das conversações nos edublogues! Leia aqui.
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Do Ibex Intrepid