É emblemática a fala do Dep. Ricardo Izar, presidente do conselho de ética da cí¢mara dos deputados: (O GLOBO - 24/11/2005)
— Estou indignado! Sabe o que é indignado? Alguns ministros do Supremo não entendem como funciona nosso Conselho de Ética. Isso aqui não é um tribunal, não existem testemunhas de defesa e de acusação! — protestou Izar, que ainda tentaria convencer Aldo a continuar o processo, votando na quarta-feira.
Não se está julgando o Dep. José Dirceu, se está fazendo um linchamento público do mesmo!
A grande imprensa se refere ao direito de defesa do Deputado José Dirceu, como "tentativa de adiar" a cassação de seu mandato! (cria-se a expectativa de que a cassação é algo consumado, mesmo antes da votação em plenário!)
A acusação de quebra de decoro parlamentar se baseia em depoimentos de desafetos políticos e indícios refutáveis sem nenhuma prova documental ou material.
Pessoas que na História do Brasil se aliaram a ditadura militar, nos tempos de chumbo, por covardia ou interesses pessoais, são as mesmas que agora querem manchar a história de luta por um Brasil democrático e com estado de direito, que lastrea a pessoa do José Dirceu.
Ninguém é santo. Não somos mais crianças inocentes. Mas cassar o mandato de um deputado, por falta de decoro parlamentar, baseado em hipóteses e depoimentos de desafetos é um atento ao estado de direito.
Do ubuntu no Ano Mundial da Física