Eu tive um sonho...
Sonhei que o Fernando Haddad era o Presidente... Na pandemia o número de mortos por milhão de habitantes estava nos níveis da Argentina. O Presidente liderava as respostas à crise sanitária baseado no conhecimento científico e em dados de testagem. Tínhamos um Ministro da Saúde.
O Ministro da Saúde coordenava a resposta à crise nos Estados! Tínhamos um Ministro da Educação que coordenava as políticas de mitigação à impossibilidade de educação presencial.
A verba do #FUST foi usada para incluir os excluídos digitais e a cibercultura foi o sul para a adoção da EAD como política de mitigação da crise! #Professores e famílias fizeram uma transição, com dois meses de duração, da educação presencial para uma #educação #remota de #emergência.
A Educação Remota de Emergência era tecnologicamente híbrida: Internet, TV aberta, Rádio Difusão. A banda de telefonia 2G e 3G passou a ser disponibilizada, gratuitamente, para m-learning. Redes MESH e Parabólicas foram implantadas em aldeias e comunidades quilombolas.
Universidades, IFES e Secretarias de Educação (com aporte de verbas retiradas da suspenção de pagamento de juros da dívida pública - que foram suspensos para auditoria da mesma) montaram consórcios para produção de Recursos Educacionais Abertos #REA.
A Educação Remota de Emergência não pretendia emular a Educação presencial conteudista que existia antes! Era dialógica, cidadã, autoral e disruptiva. Professores faziam curadoria dos conteúdos e organizavam as aprendizagens numa perspectiva sócio-interacionista e #conectivista.
Infelizmente eu acordei... Vi o assustador número de mortos e contaminados pela COVID-19. Vi a falta de diálogo entre gestores, professores e famílias. Vi o neoludismo contra a EAD nadando de braçada junto com os deslumbrados que pretendem uma EAD instrucional, de massa, baseada em padrões fechados e tentando emular a mesma Escola obsoleta, propedêutica e excludente de antes...
Ei rapaz,
que bom ver que ainda tem gente que sonha neste país! E que ainda lembra o que é o FUST!
Que tempos, meu amigo!
Saudades do tempo de trocas mais assíduas, tá na hora da gente retomar, né?
Grande abraço,
Lilian