Mais (opinões) qualificadas sobre os OLPCs em Educação
Na medida que os Computadores Educacionais vão se tornando cada vez mais próximos de se tornarem realidade nas escolas (brasileiras) ouve-se, cada vez mais, "palpiteiros" de TI despejando equívocos sobre educação...
... Desde profissionais de TI, que equivocadamente ainda pensam que os OLPCs são um projeto de TI - E não custa lembrar que é um projeto educacional determinando um hardware! - até os deslumbrados com TI, que acreditam que "qualquer hardware" com "qualquer software de caráter geral" serve para fazer uma Educação compatível com a Era da Informação!
Mas se você quer entender o que realmente está acontecendo, procure ler/ouvir pessoas que vivem educação, como por exemplo, este excelente texto do Prof. Sérgio Amadeu, que argumenta sobre o foco na clareza pedagógica sobre a tecnologia em detrimento de deslumbramentos tecnológicos recheados de mofo pedagógico!
(...)Os computadores não mudam a educação, mas podem ser ferramentas estratégicas. O processo de mudança deve começar pela mera constatação de que nossa mente pensa por associação, como escreveu Vannevar Bush, em 1945. As redes permitem aprender mais rapidamente exatamente por permitir as múltiplas associações e as recombinações de conteúdo. Tal como no cérebro humano, a rede permite interatividade entre pontos distintos, permite compor conteúdos novos a partir da fusão, da remixagem e das práticas recombinates. Para isso, os educadores tem que superar o mito de que o saber e o conhecimento estão prontos e que eles são os seus porta-vozes. É preciso incentivar o ensino exploração, onde o professor é também um explorador, apenas mais experiente, de novos territórios. (...)
Explorar, trabalhar em redes, recombinar idéias e informações... enfim, reiventar a Escola...Deixar de ser um espaço de ensino para se tornar, também e principalmente, um espaço de aprendizagens!
Pense dispositivos de comunicação e aprendizagens, pense redes mesh, pense redes de aprendizagem para além do espaço escolar, pense em exploração e experimentação, pense as redes de aprendizagens sendo levadas para a casa dos alunos, para além do espaço físico das escolas, pense Era da Informação...
(É possível pensar tudo isso, sem deixar de pensar em bons salários, capacitação continuada, infra-estrutura, etc, uma coisa não exclui a outra)!
Esqueça todas as escolas do Brasil inteiro fazendo as mesmas coisas do mesmo jeito, esqueça alunos e professores só apertando botões (next, next, next), esqueça instrução, esqueça Era Industrial...
Não deixe de ler o artigo completo do Prof. Sergio Amadeu!
Do Feisty Fawn
É, isso é o que mais entristece. Não é luta só do Software Livre e inclusão digital versus software proprietário e aprisionamento tecnológico. É a luta do software feito otimizado para potencializar o aprendizado versus mais do mesmo...
Espero que, diferente da maioria dos casos, prevaleça o melhor.
[]s
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Olá Bardo!
Esta é (será) uma luta sempre difícil... pois as vezes as pessoas que decidem são manipuláveis por interesses econômicos!
Há instituições onde o responsável pela parte de informática é alguém sem qualificação para o cargo... e faz escolhas tecnológicas, claramente típicas de quem está na folha de pagamento do distribuidor de software...
Mesmo o atual governo tendo uma política pública claramente a favor da "independencia tecnológica" ainda há muito ranço de mediocridade e promiscuidade público/privado na máquina pública brasileira...
Mas eu também espero, milito e luto para que prevaleça o melhor!
[]'s