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Comment from: Vaine Barreira
Comment from: Vaine Barreira
Oi Sérgio,
Esta semana estou com tempo super corrido devido ao feriado, mas prometo que irei ler com calma os textos que você me indicou.
Sei que temos divergências sobre diversos pontos, mas acho muito bacana poder discutir esses pontos com você. Tenha certeza que mesmo não mudando meu ponto de vista, aprendo muita coisa com suas sugestões.
É como dizia Nelson Rodrigues: "Toda unanimidade é burra". Ainda bem que existe divergência de idéias.
Abraços,
Vaine Barreira.
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Olá Vaine!
Tempo é um luxo dos tempos atuais :-)
As divergências de idéias não são um problema em si, desde que o debate seja qualificado e, sobretudo, respeitoso!
Nem sempre mudar o ponto de vista (nosso ou do nosso interlocutor) é o mais importante! As vezes reconhecer que existe uma outra maneira maneira de enxergar e/ou entender um mesmo fenômeno e conviver harmoniosamente com ela, já vale nossa discussão!
Sobre aprender, a recíproca é verdadeira, tanto no plano político/ideológico quanto tecnológico! :-)
O Nelson Rodrigues, além de tricolor (torcedor do Fluminense) era um cara sábio! Concordo com ele!
Abração pra ti!
Não discordo de Avelar, já defendido e explicado até no senado (por Suplicy). O Sérgio, ai defendendo o movimento tb é coerente e mostra conhecimento de causa que é fundamental.Mas nestes muitos dias de ocupação,acompanhando as explicações de ambos os lados, ainda não vi a opressão das márgens justificando a violência das águas (do Bertold e)e não vi comprometimento no campo das pesquisas a ponto de justificar a ação.Sobre o Blog, ele tem sido democrático com direito a ambas as partes.Inclusive o amigo ai, o Sérgio, com conhecimento de causa, repito, está tendo a oportunidade de passar sua versão dos fatos.
É isso ai.Que a situação seja resolvida.
Opa Zaqueu!
Todos nós torcemos que a situação se resolva o mais rápido possível e de modo satisfatório para todos! Porque também é verdade que os alunos tem o direito de estudarem, os professores de trabalharem e o Estado de seguir com a sua rotina!
Abraços pra ti!
Oi Sérgio,
O motivo da invasão é apenas político, praticado por meia dúzia de delinqüentes ligados a partidos de esquerda (PSTU, PSOL e cia. limitada).
E o caso é bem simples sim. Resumindo todo o decreto do governo estadual, pede-se que a USP preste contas do que está gastando.
Nada mais justo, já que é uma instituição mantida com dinheiro público, e eu como contribuinte do Estado de São Paulo, quero sim saber onde ela gasta o MEU dinheiro.
A grande maioria dos alunos, professores e funcionários da USP são contra essa invasão.
Agora está ruim para Estado, que pediu a reintegração de posse, expirou o prazo, e não fez nada a respeito.
Basta entrar na reitoria, deixar essa garotada dormindo uns dias na cadeia, e o problema está resolvido.
Como se complicam as coisas neste país...
Abraços,
Vaine Barreira.
Opa Vaine!
Infelizmente não é bem assim. Antes deste decreto. a Universidade já tinha que prestar conta ao TCU (é constitucional!)... o decreto mudava as discussões sobre como gastar o dinheiro na secretaria de desenvolvimento e não na secretaria de Ciência e tecnologia!...
Veja estes dois trechos, retirados do texto do Prof. Idelber Avelar:
Mas não vi nenhuma discussão do fato de que um dos decretos de Serra – do qual, inclusive, ele já recuou como fruto do movimento na USP – impunha como membro do Conselho de Reitores o “Secretário de Ensino Superior” nomeado pelo Governador! Ora, se isso não fere a autonomia universitária sacramentada na constituição, vocês me leiam aí de novo, por favor, o artigo 207 da Carta Magna. Conselho de Reitores das Estaduais Paulistas? Chefiado por um “Secretário” indicado politicamente pelos PFL’s da vida? O CR que reúne os reitores responsáveis por 50% da pesquisa e pós-graduação brasileiras? Que invasão é essa de um corpo intra-universitário?
Veja este outro trecho:
Em particular, o decreto 51.460 é daninho. O seu art. 4, inc. III transfere as Universidades Estaduais para a Secretaria de Ensino Superior e o seu artigo 7, inc. XII transfere o Centro de Educação Tecnológica Paula Souza (CEETPS) e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) para a Secretaria de Desenvolvimento. Em outras palavras? Arranca o fomento à pesquisa do âmbito da educação e transfere-a ao “desenvolvimento”. Quebra o laço institucional da FAPESP com as universidades. Quebra o vínculo entre ensino e pesquisa. Fere, na tora, o artigo 207 da Constituição.
O decreto 51.471 reza que ficam vedadas a admissão ou contratação de pessoal no âmbito da Administração Pública Direta e Indireta, incluindo as autarquias, inclusive as de regime especial. Ora, se o decreto 6283, de janeiro de 1934, define a USP como autarquia de regime especial, como é que o 51.471/2007 não representa a possibilidade de congelamento de contratações na USP, alguém me explique? Basta, para debelar esses medos, uma declaração de boas intenções de um político?
Ainda no artigo do Prof. Idelber Avelar , há um documento (tá lá o documento), provando o tipo de "ingerência imoral" feita por este governo!
Como se vê Vaine, não é uma simples cobrança de prestação de contas (que como já disse, existe na atual configuração jurídica da autonomia universitária)!
Que há gente que aproveita para fazer suas campanhar partifárias isto há, mas não é uma questão de "pequenos burgueses bardeneiros" é coisa que muda como o financiamento de pesquisa acadêmica seria feita em São Paulo!
Reforço a sugestão de ler o texto do Prof. Idelber Avelar, pela riqueza de provas e argumentos! Aliás, ele até dá umas liçõeszinhas de jornalismo e bloguismo (se é que existe este termo) ao tal do Reinaldinho Azevedo da Veja!
Abração pra ti!