Como disse o Edney Souza: "Fear is the path to the Dark Side! Não tenha medo Sérgio, lhe acolheremos com carinho :)
Resumo da Ópera
Entregando já a conclusão desse texto. O poder do twitter não está na relevância ou utilidade que possa haver num certo perfil, mas no conteúdo descentralizado e relevante que "a plataforma" pode gerar "crowd content".
Dito de outra forma, de um modo geral, os perfis em microblogues, individualmente, geram mais irrelevância que informação (*para mim*). Primeiro porque é impossível que haja sincronia perfeita entre conteúdo gerado pelos perfis e o conteúdo desejado pelos seguidores. Segundo, e mais importante, porque a quantidade de informação (mesmo a relevante) gerada é muito maior do que aquela que qualquer ser normal (o que quer que venha a ser um ser normal) pode gerir, processar e tornar em algo útil (conhecimento!) ou prazer (estético, congnitivo, etc).
Minha análise após 2000+ tuites
A maior parte das análises que eu li do fenômeno twitter (li poucas análises, pois o tempo não é meu amigo!) parte do paradigma (implícito ou explícito) da produção de conteúdo de perfis isolados. Há até ranks de perfis que devem ser seguidos e todos os hypes em torno disto.
Entretanto o grande poder de uma ferramenta minimalista, descentralizada e presente em 11 de cada 10 dispositivos móveis é o conteúdo gerado pelas multidões! Daí que o mais importante (em termos de relevância) não é seguir perfis, mas seguir assuntos que lhe são relevantes numa data "t".
Um caso emblemático desta minha percepção é o @leisecarj que redistribui informações geradas em tempo real pelos seus seguidores (ou não seguidores) sobre trânsito, blitzes e etc.
A percepção deste poder foi recentemente reconhecida internacionalmente com a premiação do Shorty Awards na categoria News(notícias).
Então, você finalmente se rendeu a ferramenta?
Não e Sim! Explico.
Não. Por que não quero ou tenho um perfil pessoal no Twitter?
Do ponto de vista estritamente pessoal, não tenho tempo para as pessoalidades virtuais que esta plataforma/ferramenta incentiva. Eu não consigo dar bom dia para todas as pessoas que gostaria, presencialmente, por que eu iria desejar fazer isto virtualmente, robotizando o meu afeto?
De um modo geral as pessoas são ricas e pobres, brilhantes e medíocres, profundas e rasas... (você entendeu o espírito) e eu ainda prefiro ter só o que foi refinado, refletido, filtrado e domado pelo Id. Uma ferramenta que incentiva o imediatismo, a produção irrefletida e, porque não dizer a irrelevância, não me interessa.
Isto não me faz pior ou melhor que alguém que queira ter seu perfil pessoal por lá. É apenas uma escolha pessoal, ok!
Sim. Por que eu quero ou tenho dois (2) perfis profissionais no Twitter?
Porque eu quero seguir assuntos profissionais usando todo o poder da plataforma. Ter um perfil profissional para Tecnologia e Educação (@ticseducacao) e outro para física, ensino de física e recursos educacionais em ciência (@apfisica). E não, microblogues *Não* são adequados para educação (ao menos educar para a era da informação) EMHO.
Obviamente que atrás do perfil existe uma pessoa (há quem diga que é uma persona, quem sabe?) que procura ser humano, ético, respeitoso e educado com as interações ocorridas na plataforma. Haverá publicaçṍes (tuites) pessoais, mas o foco são publicações e interações profissionais.
O foco é seguir assuntos e não perfis. É contribuir para o crowd content e extrair relevância daquele mar de irrelevância. É filtrar informações e transformá-la em conhecimento e crescimento profissional (meu e dos meus seguidores).
Então qual foi mesmo sua trajetória de assimilação pelo Hype?
O histórico pode ser seguido pelas seguintes entradas aqui no blogue:
- O manifesto de rejeição ao hype;
- O primeiro tremor na força;
- O segundo tremor na força;
- Esta análise aqui da minha parcial assimilação pelo Hype.
Em breve, aqui no blogue (pois reflexão e discussão só com mais de 140 caracteres) novos informes sobre esta minha jornada de assimilação pelo Hype. :-)