Ou, a Cruzada Continua :-)
Experiência de Pensamento
Faz parte da metodologia científica implementar experimentos controlados quando se prentende estudar algo. Mas, incrivelmente, os experimentos podem ser realizados tanto no mundo real quanto no mundo das ideias!
Para se ter uma ideia sobre isto leia este texto que fala dos trabalhos do Einstein e seus experimentos de pensamento.
Caso, amigo leitor, você não tenha tempo, veja o meu exemplo de experiência de pensamento, abaixo, para ter uma ideia do que se trata.
Um Exemplo de Experiência de Pensamento
O que acontece se eu cair, a partir do repouso, de uma altura de 20m?
Usando a Equação de Torricelli verifica-se que, desprezando-se os efeitos da resistência do ar, eu chegarei ao chão com uma velocidade de 20 m/s = 72 Km/h! E isso vai doer:
[tex=Aplicando a Equação de Torricelli]v^2 = v_o^{2} + 2.a.\Delta s\\v^2 = 0^{2} + 2.10.20\\ v = \sqrt{400} = 20m/s = 72Km/h[/tex]
Eu simplesmente raciocionei(experiência de pensamento) como os efeitos da gravidade vão atuar sobre mim e tenho uma ideia, bem razoável, do que vai acontecer.
Eu não preciso pular para chegar a esta conclusão! Caso algum cético não confie no experimento de pensamento, sempre podemos propor que o cético seja abandonado desta altura e verifique experimentalmente o que concluímos com nosso Experimento de Pensamento!
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Um comentário, até engraçado, do J.F. Mitre me lembrou que entre o experimento de pensamento e o experimento real existe um meio termo que pode ser muito útil: as simulações computacionais.
Curiosamente o Tadeu Penna acabou de publicar no seu blogue uma simulação fantástica do Atrator de Lorentz. Quando eu estudei isto, na graduação, tínhamos apenas imagens estáticas e em 2D.
Eu acho que uma simulação destas, na graduação, muda até as opções profissionais que um aluno vá fazer, sério!
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O que isto tem haver com o Twitter?
Nada e tudo!
Eu fiz um experimento de pensamento com o Twitter, aqui, e cheguei a conclusão que a ideia não era boa pra mim! Muita informação não maturada e não filtrada é péssima ideia, na minha opinião!
O Cris Dias, uma dos maiores evangelizadores do Twitter, descobriu, experimentalmente o mesmo que eu, só que no lugar do experimento de pensamento, ele fez o experimento real ;-)
"Eu era uma daquelas pessoas que vivia tensa por causa do número crescente de itens não respondidos na caixa de entrada, dos textos não lidos nos feeds assinados, do excesso de coisas jogadas no Twitter que eu não podia acompanhar…
(...)Foi mais ou menos aí que caiu a ficha de que se alguma informação, notícia, tendência, etc. é realmente importante ela acaba voltando. Vários blogs (especialmente os que eu leios) são mais curadores de informação do que emissores originais(...)
(...)Com a funcionalidade de share item do GReader a situação ficou simplesmente perfeita, com meus amigos indicando as coisas que eu deveria ler (e eu indicando para eles).(...)"
O texto completo do Cris Dias pode ser lido aqui.
Em resumo, o filtro da inteligência coletiva é muito mais eficiente do que o Hype :-)