4 comments
Sérgio,
sergioflima wrote:
> Olá Prof. Samuel!
>
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> Eu não diria que eu seja um otimista ;-) Apenas que concordo que devemos
> relativizar esta análise!
>
De acordo. A (grande) imprensa gosta dos exageros. E ela tem uma parte da culpa também. Quando a revista de maior circulacao no país (Caras) tem até duas páginas de horóscopo e nenhuma curiosidade que seja científica (só gente sorrindo). Quando os poucos programas educativos da TV passam na sexta à noite ou no sábado de madrugada etc.
> O levantamento do Prof. Meira não assevera que estamos bem, nem mesmo o
> mais otimista (e alienado dos analistas) diria isto!
>
> Mas aponta que, para os países citados fazemos mais com menos! E isso é
> bem objetivo!
>
Eu só questionei que foram usado poucos países para a comparação.
> Nada posso dizer sobre a qualidade dos dados, mas se eles (os dados)
> fossem levianos, com certeza já teria havido uma grita!
>
Eu não disse que são levianos. Mas concordemos, é parcial. Se colocar mais países na comparação pode ser que fique igual, pode ser que fique pior, pode ser que fique melhor. Daí não se pode relativisar os dados do PISA pois são 57 países e não 9.
> Você acha que só existe profissionais desqualificados no Brasil?
>
Óbvio que não. As médias escondem os extremos. Temos profissionais muitíssimo qualificados. Mas o PISA não avaliou isto, certo?
> Infelizmenta não é bem assim!
>
Porque infelizmente?
Saudações,
Samuel
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Opa Prof. Samuel!
Sobre os programas educativos e seus horários exóticos também deve ser acrescentar que seus orçamentos são sempre menores que, por exemplo, programas de humor :-(
Sem dúvida o PISA não avaliou a quantidade de profissionais de excelente nível :-)
E sim, os dados (assim como o breve levantamento) foram parciais. Mas não se trata aqui de se comparar os dois estudos, pois o do Prof. Meira foi um levantamento rápido e não um estudo acadêmico.
Mas a sua preocupação em relativisar este estudo é igualmente válida!
E finalmente sobre o infelizmente... seria desejável que em todos os lugares só existissem bons profissinais!
Abraços
Sérgio F. Lima
Recebi hoje a pontuação máxima do PISA, enviada pelo INEP . A nota máxima é 1000 (mil). A média dos ricos é 500...
Mas estou lendo os PDFs da OCDE. A nota e a correlação com o PIB não são tão lineares assim, porque as 108 questões da prova são progressivamente difíceis. O Brasil poderia ter acertado questões fáceis, por exemplo (o que possivelmente aconteceu). Mesmo assim, a nota brasileira (390) é apenas 11% menor que a média dos ricos (500), considerando-se o máximo de mil pontos.
E chamo a atenção para o fato que estes dados não são estatísticas, são dados de amostragens da realidade: a nota em uma prova e o PIB.
Mas, claro, há muito que fazer em Educação. Tenho esperanças que o projeto Um Computador por Aluno (UCA) venha a ser um grande fator de desenvolvimento da escola, das famílias e da sociedade brasileira, os três maiores responsáveis pela Educação.
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Olá Prof. Meira!
Primeiro de tudo, fico honrado com sua visita por aqui :-)
Pelo que pude compreender, a sua análise coloca apenas um outra perspectiva sobre os fatos, não assevera que estamos bem!
Também acredito que o projeto UCA pode funcionar como um catalizador para as mudanças (rupturas) que a escola precisa fazer! Deixar de ser um espaço centrado no ensino para se tornar um espaço centrado nas aprendizagens! Pense projetos e competências e não programas!
Mas do que isso, deixar de ser um espaço estático para ser um espaço dinâmico (no espaço, nas interações, nos programas, nas práticas etc).
Mas é uma terefa que terá que ser encampada, também, pela sociedade!
Grande abraço e obrigado por compartilhar conosco esta sua análise!
[]'s
Achei muito interessante essa análise, mostrando o outro lado da moeda. Entretanto, acho que não se pode ser tão enfático na questão da eficiência por uma razão bastante simples, os investimentos e os resultados não crescem linearmente. Ou seja, não é porque investimos pouco mais da metade que o México que a nossa educação teria uma qualidade pouco acima da metade da deles. Acho os que faltam muitos dados para chegarmos a uma conclusão mais segura sobre nossa eficiência em investimentos e a capacidade de administração.
Ah, boa piada...hehehe...
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Opa Bruno!
Sem dúvida! A questão não é tão simplista assim! O ponto central é que um mesmo fato pode parecer diferente dependendo do enfoque que se dê ao mesmo!
A piada original era com um geofísico, mas funcionou bem com estatístico também :-)
[]'s
Prezado Sérgio,
O seu otimismo está mui distante do realismo que está, também concordo, longe do pessimismo que as manchetes implicam.
A grande conclusão que os números levantados pelo Rocha (fornecidos pelo MEC em particular) é que uma medida de rendimento escolar não tem resposta linear com investimento em educação de um país.
Engenheiros e economistas lidam muito com porcentagem, mas o aprendizado, a saúde e a segurança têm respostas não lineares, só para mencionar alguns tópicos.
Além do mais a tabela utiliza apenas 9 dos 57 países avaliados pelo PISA. É suspeito que o MEC (em 2000) tenha escolhido alguns países e que "por acaso" o Brasil apareça como o mais "eficiente".
Finalmente observe que o ensino básico da Finlândia, Japão, Coréia do Sul, Alemanha e EUA, é pública (escolas privadas são numericamente insignificantes nestes países) e assim o investimento da tabela é aquele do governo. No Brasil uma parte significante de escolas básicas é privada e portanto no compto do MEC não inclui este valor por aluno por ano. Quero dizer, o valor que a classe média e alta paga para a educação de seus filhos não está computado ali. (Não sei avaliar os casos da Espanha, Portugal e México). Suspeito que o otimismo levantando pelo MEC, pelo jornalista Meira da Rocha e agora pelo Sérgio Lima não se sustenta com estes números mais realistas, lembrando que o PISA avalia alunos de 15 anos, de alguma maneira representativa do país e portanto inclui alguns alunos de nossas escolas particulares também.
Não bastasse o PISA, vemos a educação sendo reprovada pelas OABs, pelos CRMs e não me espantaria se os CREAs exigissem exames para habilitar engenheiros e arquitetos.
Assim, por mais que eu não goste pois sou educador também, temos que admitir: "bombamos".
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Olá Prof. Samuel!
Eu não diria que eu seja um otimista ;-) Apenas concordo que devemos relativizar esta análise!
O levantamento do Prof. Meira não assevera que estamos bem, nem mesmo o mais otimista (e alienado dos analistas) diria isto!
Mas aponta que, para os países citados fazemos mais com menos! E isso é bem objetivo!
Nada posso dizer sobre a qualidade dos dados, mas se eles (os dados) fossem levianos, com certeza já teria havido uma grita!
Você acha que só existe profissionais desqualificados no Brasil? Infelizmenta não é bem assim!
Grande abraço!