7 comments
Comment from: J. F. Mitre
Comment from: J. F. Mitre
Bem, eu não li todo o conteúdo do link que colocou no comentário, mas posso afirmar que "publish or perish" (título do texto em questão) é literal ! Acredite, no EUA (na verdade, na maior parte do mundo) é ainda pior que no Brasil.
Enfim, eu sou um pouco mais otimista que você quanto a evolução, mas vale lembrar que nenhuma evolução ocorre em uma geração. Ser otimista quanto a evolução não significa ter esperança de que ela vai acontecer no ano que vêm. É necessário que os alunos de hoje sejam os professores perto da aposentadoria de amanhã para que as idéias de vanguarda de hoje sejam as idéias conservadoras do amanhã e a aí a evolução já vai ter acontecido, embora vá ter pessoas escrevendo justamente o contrário nesse futuro.
O sistema ideal de hoje é aplicado com pelo menos uma geração de atraso, quando não mais ! Leva vantagem as escolas/professores que souberem aproveitar o momento para usar o esquema certo no momento certo, sem descuidar das necessidades de mercado do hoje. Bem, para dizer a verdade quem leva vantagem são os alunos que estiverem sobre os cuidados dessa escola e/ou professores
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O texto do link vale a pena ser lido... com calma :-)
Você tem razão, talvez a minha geração não vivencie a mudança/evolução... mas ela terá que ocorrer, nem que seja via uma ruptura!
abs
Comment from: Paulo Francisco Slomp
Sérgio, não entendi a tua referência acima a Michel Foucault "Estou dizendo que no processo de aprendizagem-ensino (não ensino-aprendizagem, pra ser bem Foucaultiano)". A qual das ideias de Foucault você está se referindo?
Para assinantes do UOL/FSP, o endereço do artigo de Renato Mezan: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mais/fs0905201004.htm.
O que a Diane Ravitch está dizendo agora, enunciado como uma autocrítica, adquire uma significação especial. http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20100802/not_imp589143,0.php
Abraços.
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Opa Slomp,
Na faculdade, minha professora de Filosofia da Educação, vivia falando dos "bens simbólicos" e atribuia o conceito a Foucault.
Então usar "aprendizagem-ensino" no lugar do usual "ensino-aprendizagem" é para reforçar, também no campo simbólico, que acho que aprendizagem deve se priorizada em detrimento do ensino.
Eu sei que os dois não podem estar completamente separados, mas isto já é outra história! E sei também dos que entendem isto como um "esvaziamento" do papel do professor. Não enxergo assim...
Tem um texto no blogue do Prof. Novelino, em que há uma discussão bem legal sobre este tema (ensino x aprendizagem):
http://jarbas.wordpress.com/2009/01/08/ensinar-nao-e-crime/
Vale ler o texto e os comentários!
Mas seria legal ouvir o ponto de vista de quem discute estes conceitos mais intensamente e há mais tempo.
abraços
Comment from: maria alves da silva
gostaria de saber se posso receber em meu amail estes textos.
obrigada
Maria alves
Comment from: Leila
É realmente um grande desafio o ato de ensinar o que realmente é de mais importante e ultil para o dia a dia dos nossos alunos, ao mesmo tempo é imprescindivel.
Comment from: Maria Angela Bispo
Concordo com você no que se refere a super lotação nas salas de aulas e por mais que lutemos não conseguimos mudar esses quadro. Nossos alunos precisam de mais atenção para podermos observar o ritmo de aprendizagem deles, estariam mais próximos de nós.
Comment from: gilvania barreto
Realmente o ato de ensinar é muito complicado, mas ao mesmo tempo muito interessante, pois podemos estar em contato com diversas situações inusitadas, constrangedoras. Temos que estar atentos se o que estamos ensinando aos nossos alunos são realmente conceitos importantes para sua formação cidadã.
Belo texto ...
Acredito que o maior problema de todos é a ausência de fundamentar o "por que" das coisas. Afinal, copiamos modelos educacionais que originam-se na escola dos "porques" (as academias de Platão).
O problema é que em um certo ponto o pensar ficou menos importando do que o conhecer, o que é diferente de saber. E os modelos foram introduzidos para permitir que milhões aprendessem, adaptando da "melhor forma conhecida" (diferente de "melhor forma possível") aquilo que outrora era as Academias para uma dezena de pessoas.
E então houve o tal momento que "conhecer" tornou-se mais importante do que "pensar" ... "quase" que dizendo: "adestrar é melhor que educar".
Ficou pior quando deixaram de querer evoluir os modelos, que apesar de tudo são necessários, achando que melhor conhecido é o melhor possível. Dizendo: o que dá certo em um lugar tem que dar certo em todos os lugares da mesma forma...
Triste, mas acredito de forma bem esperançosa de que um dia isso evolui (por definição, para algo melhor), porque tudo evolui e isso não será exceção. Discutir isso, por si mesmo, é uma evolução.
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Acho que vivemos tempos difíceis para se ter esperança por evoluções. Ou melhor, as condições para se pensar/implementar as mudanças não parecem favoráveis.
A excessiva fragmentação do conhecimento e o modo como a produção acadêmica se organizou (no Brasil) fazem com que estas questões não sejam discutidas com um olhar no todo! (Há muita pressão para se publicar papers e pouco para se pesquisar (http://zapt.in/Mjs)!
Eu acredito que escolas confessionais (estilo escola da ponte) ou pequenas experiências "fora da caixa" podem apontar para um novo modelo de educação para as massas adequado aos tempos atuais.
Mas você tocou num ponto que é chave. É possível criar um ambiente de conhecer/pensar/saber/aprender/ensinar com grandes grupos (ordens maiores que dezenas de pessoas)?
Eu hoje apostaria num currículo mínimo para todos (30% do nosso currículo atual) e grupos (pequenos) de interesses organizados para aprender com orientação de professores. Mas algo mais flexível que permitisse que um jovem pudesse experimentar o conhecimento e áreas antes de se decidir por uma...
Mas é só uma tempestade de ideias :-)
abs