...ou mais uma pergunta que não quer calar!
Uma das coisas que mais me surpreende, é o fato de que, em pleno século XXI, ainda escrevemos os "conteúdos lecionados" no quadro de giz, (a pedido dos alunos)!
No Século XVI, XVII, XVIII e até XIX a lousa era utilizada pelos professores porque os alunos não tinham acesso aos livros (existiam umas duas ou três cópias do livro!). Assim o professor colocava um resumo do livro na lousa, para que os alunos pudessem travar algum contato com o conhecimento...
Já no século passado (século XX), o acesso ao livro didádico, em quase todas a escolas, era algo bastante disseminado, quer seja pela aquisição do mesmo pela família do aluno ou por políticas públicas de educação (ninguém considerou erradicar primeiro a fome e/ou melhorar primeiro os salários dos professores para só depois distribuir livros gratuitamente ao alunos de escolas públicas!...)
Não faz muito sentido que ainda hoje professores escrevam resumos do que falam/explicam/propõe em quadros-negros nas salas de aula pelo Brasil afora (quiçá pelo mundo afora!).
Discutir a partir das fontes secundárias (livros didáticos) e até mesmo a partir das fontes primárias (livros) seria algo que qualificaria mais a educação, e, de certo modo, mudaria um pouco o foco da escola...
Um lugar para se discutir, pensar, fazer e aprender! Ou se preferir, mudar o foco de ensino-aprendizagem para aprendizagem-ensino!
Veja, a simples substituição da lousa pelo uso intenso do livro, impactaria fortemente a educação atual!
Imagine agora que a verba utilizada pelo programa nacional de livros didáticos, fosse utilizada na compra de dispositivos de comunicação para aprendizagens colaborativas centradas no aluno?
Desnecessário dizer que estes dispositivos podem substituir vários livros, além das inúmeras possibilidades de ir além dos livros (que é bom frisar, são imprescindíveis!).
Como se vê é possível avançar na educação em várias frentes, não se trata de "estar animado", mas sim de ser pragmático! E não perder de vista a capacidade de pensar sobre o cotidiano!
Não se trata de escolher qual problema precisa primeiro ser combatido! Mas de atacar, tanto quanto possível, todas as frentes de batalha!
A educação brasileira precisa melhorar em muitas coisas, mas não precisamos resolver um coisa de cada vez, se podemos atacar duas (ou mais) frentes ao mesmo tempo, sem perda de eficiência!
Do Feisty Fawn