Sergio Blog 2.5

O Contexto

Em tempos de internet uma das coisas que mais gosto é de receber correspondência pelos correios! Cartas manuscritas :-)

Ano passado contribui com uma campanha de financimento colaborativo (crowdfunding para os colonizados) para que uma menina (Lívia Uchôa) pudesse ir a Alemanha fazer um curso de cinema. Ela tinha ganhado uma bolsa, mas as despesas para a viagem estavam complicando sua ida...

Nem a conhecia! Alguém da minha rede de contatos me fez saber da campanha! Eu amei de cara a simplicidade criativa do seu vídeo na campanha!

Embora a campanha não tenho obtido 100% do valor esperado, felizmente, a Lívia Uchôa conseguiu ir pra Alemanha! Na época ela mandou um e-mail simpático com uma foto da sua janela!

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ASSUNTO: Para os amigos sem Facebook

Amigos,
aqui estou, já instalada em Koln.
obrigada a todos que me ajudaram na vaquinha pra eu vir pra cá.

Eu já tinha gostado da Lívia Uchôa! O fato de ela dar atenção a quem não está nos jardins murados do FB, fez o seu karma comigo ganhar umas centenas de milhares de pontos :-)

A Correspondência

Hoje (30/03/2016), minha caixinha de correios que só é maltratada com contas a pagar e propagandas do comércio local foi premiada e acariciada com um cartão postal personalizado (e manuscrito).

Para fins de registro histórico eu digitalizei e publico aqui! Ele (o cartão) vai pra minha caixinha de correspondências manuscritas :-)

Espero que a Lívia Uchôa continue espalhando sua arte pela mundo! Arriscando-se na vida!

Quem colabora com um projeto ganha muito mais do que aqueles que foram objetos da colaboração! E, em geral, é um ganho imaterial e imensurável!

Introdução

Escrevendo pra mim mesmo... só para eu não me esquecer desta historinha...

Pré-Vestibular - Ano de 1988

A turma noturna cheia [pré-vestibular intensivão - todo o conteúdo do ensino médio em 5 meses (ou um pouco menos)]! O Professor Alexandre (era o meu Professor preferido no curso - em outro parágrafo eu conto) falava sobre como a 2º guerra mundial foi boa (?) para as mulheres (foram para as fábricas por falta de homens (que estavam na guerra). Como o fato das várias mortes decorrentes da guerra, em última análise, diminuíram a superpopulação mundial e, assim, foram benéficas para o mundo...

Então eu senti que o Professor só estava nos provocando e perguntei se não havia uma alternativa a esquerda?

A cena nunca sai da minha lembrança: O Professor estava escrevendo no quadro, de costas para turma e falando. Após minha intervenção ele virou-se para turma, calma e docemente, e perguntou: "Quem fez esta pergunta?"

Não lembro (mesmo) a resposta do Professor... Mas lembro que daquele ponto em diante a aula se tornou um debate bem legal sobre a Perestroika... E todas as demais aulas de geografia, até o final do curso, eram as mais legais (mais que matemática e física que eu gostava pra caramba), mais participativas e mais polêmicas (eu já gostava de polemizar naquela época!).

E eu, que entrara no pré-vestibular querendo informática ou matemática, quase fui atraído para Geografia!

Por que o Prof. Alexandre era o meu professor preferido?

Porque na sua primeira aula ele disse que pré-vestibular intensivo era um grande "caça-níquel"! Ele achava humanamente impossível se trabalhar todo o programa (de qualquer disciplina do ensino médio) em 5 meses! Por isso, ele selecionou os temas que ele julgava importantes e viáveis para o tempo que tínhamos!

Essa franqueza e ética do Prof. Alexandre de certo modo, me marcaram! Eu tento ser um pouco do Prof. Alexandre no meu cotidiano docente!

Disclaimer - Aviso

Por mais óbvio que seja, esta é apenas uma réles opinião pessoal. Não me faz melhor nem pior do que qualquer um que tenha outra opinião. Não há pistas inéditas sobre o enredo do filme (spoillers para os colonizados!). Para o bem ou para o mal, as pessoas tem gostos diferentes! 3 Vivas por isso :-)

Crédito da Imagem: NerdPai

Em pleno 2015 e ainda o lenga-lenga do bem contra o mal

Eu compreendo a mística que a franquia Guerra nas Estrelas exerce sobre geeks, nerds, aficcionados em ficção científica e cultura pop. Curti muito os episódios IV e VI. Todos os outros já começaram a ficar meio chatinhos pra mim.

Crédito da Imagem: JovemNerd

A pedido da minha filha revi com ela, numa maratona de 2 dias, os 6 episódios da "saga" para mergulharmos no clima do episódio VII. Acho que por conta disso, o episódio VII vira um mais do mesmo! Uma sensação de café velho da semana passada requentado!

Pode ser que seja só chatice de gente velha (?), mas até um adolescente mediocrizado pela indústria cultural de massa não acredita mais nesta bobagem do bem contra o mal! Draminhas de Pai e Filho, escolhidos... lutinha de espada sabre de luz [porra gente, lutinha de espada sabre de luz é tão século XVI, patriarcal e fálico-centrista - sim, quero gastar toda a minha chatice :-)] pra mim esses esquemas já deram tudo que tinham pra dar!

[spoiller - revelações]
Ok, tem algum frescor: os protagonistas "do bem" não são brancos e masculinos e.... o protagonista "do mal" é cheio de mimimi e quase chora :-)
[/spoiller - revelações]

Sabe aquela sensação de ter comido uma prato super-gostoso, mas quando você repete o prato, não é a mesma coisa? Pois é, foi minha sensação ao ver este episódio.

Ao menos pra mim, vou esperar lançarem os próximos episódios em "netflixes" para ver com os sobrinhos :-)

Pra fechar, deixo uma análise bem legal de Guerra Nas estrelas - Episódio VII super crítica e lúcida (e não é ranzinza!) foi feita pelo nerd nível 57 Roney Belhossof:

E lá vamos nós para mais uma volta em torno da Terra!

Que seja de alegrias e boas batalhas! Que possamos focar mais no que nos une do que naquilo que nos divide!

Que nossas diferenças não sejam motivos para não colaborarmos por um mundo melhor!

Deixo um clássico dessa época do ano, mas numa versão colaborativa e multiculturalista :-)

Um ótimo #2016 para todos!