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Comment from: Marli Fiorentin
Comment from: Palmira Felipe
Muito bom escarafunchar (esta palavra ainda existe?) seu blogue.Sempre encontro algo interessante.Hoje conheci o Prof. Alexandre.É o que chamo de Mestre! Talvez ele não saiba, não tenha noção para quantos "Sérgios" serviu e serve de espelho.É uma profissão abençoada.Gosto muito de um escritor israelense-Amós Oz.Ele afirma que a morte é relativa.Que enquanto houver na face da Terra alguém que comente algo sobre nós, permaneceremos vivos. A 2ª e derradeira morte é quando caímos no mais profundo esquecimento.A palavra escarafunchar era muito usada por Vovó Mariquinha, personagem eterna no imaginário de quem teve o privilégio de conhecê-la.Era parteira, filha de escrava,cabeça de algodão, só usava roupa branca, engomada, sempre descalça.Fez o meu parto e dos meus 4 irmãos..Quando saía de casa, era um evento.A cada passo, um beija mão dos filhos que ajudou nascer.Era minha advogada de defesa.Quando mamãe ia me buscar no quintal da casa dela e me encontrava com o vestido cheio de carrapicho, suja de lama, manchas de jabuticaba, dizia"deixa a menina escarafunchar o que quiser" e me benzia com erva de Santa Maria , para fortalecer meu anjo da guarda.Sua 1ª morte foi em 06/05/1952, aos 103 anos, no dia seguinte que fez o parto do meu irmão mais novo.Permanece viva, como ficará o prof. Alexandre, você e eu, assim espero.Desculpa-me pelo textão mas você me fez lembrar de tanta coisa boa, que resolvi dividir com você. Tenha um excelente dia.
Sérgio, não escreveste somente para ti, porque agora eu também li. Fico pensando que enquanto professores podemos afetar pro bem ou pro mal os nossos alunos em cada olhar, em cada palavra, em cada gesto e postura. Com certeza tudo isso é muito relevante, talvez mais que o conteúdo trabalhado. Grande abraço!